Título: The Crystal Shard
Autor: R. A. Salvatore
Género: Fantasia
Editora: Wizards of the Coast
Ano: 1988
Nº de páginas: 333
Língua: Inglês
Série: The Icewind Dale Trilogy / Legend of Drizzt
Sinopse: Akar Kessel, a weak-willed apprentice mage sets in motion events leading to the rediscovery of the magical device, the crystal shard. But it is merely an inanimate device... or is it capable os directing the defeat of Ten-Towns? Or have the barbarians already arranged for that themselfs? Their brutal attack on the villages of Ten-Towns seals their fate, and that of the young barbarian Wulfgar. Left for dead, Wulfgar is rescued by the dwarf, Bruenor, in exchange for five years of service... and friendship. With the help of the dark elf, Drizzt, Bruenor reshapes Wulfgar into a warrior with both brawn and brains. But it Wulfgar strong enough to reunite the barbarian tribes? Can an unorthodox dwarf and renegade dark elf persuade the people of Ten-Towns to put aside their petty differences in time to stave off the forces of the crystal shard?
Classificação: 4/5
Drizzt e Guenhwyvar |
A minha edição é bastante antiga, um bocado
estragada na lombada e amarelada, com aquele cheiro a mofo. Resumindo: no
início espirrava de cinco em cinco minutos. Além disso, é em inglês. Eu adoro
inglês, mas nunca tinha lido nada desta envergadura (o único outro livro que eu
li em inglês foi o Ella Enchanted),
por isso estava um bocado apreensiva, mas mesmo assim decidi dar-lhe uma chance.
O início do livro
é bastante lento, o que me fez lembrar O Senhor
dos Anéis - A Irmandade do Anel. As primeiras 100 páginas (mais ou menos)
são como que uma introdução ao mundo apresentado e às personagens. Nesse campo,
temos quatro personagens principais: Drizzt Do'Urden, o elfo negro que fugiu do
submundo por não se encaixar na sua raça, Bruenor Battlehamer, o anão chefe do
clã de Mithril Hall, Wulfgar, o bárbaro e Regis, o halfling preguiçoso.
R. A. Salvatore |
Começamos com
Errtu, um demónio poderoso, mas é apenas um pequeno prólogo. Depois vemos Akar
Kessell (o vilão da história) a descobrir o cristal que lhe dá poder. Kessell é
um aprendiz de mago que mata o seu mestre e depois é traído pelos outros, que
lhe prometem poder. Deixado para morrer na neve, encontra um cristal poderoso
que o salva naquela noite e fica sob o poder mental dele (hmmm, onde é que eu
já ouvi isto? One ring to rule
them all...). Depois temos Drizzt, a personagem mais importante de toda a
série. Ele é um elfo negro que é diferente dos outros da sua raça e, por isso,
decide mudar-se para o mundo da superfície, apesar de não se conseguir adaptar
bem ao Sol. Ele é daquelas personagens que parece estar lá sempre para proteger
aqueles que ama. Além disso, tem o seu grande aliado, a pantera negra demónio
Guenhwyvar. Bruenor é o melhor amigo de Drizzt. Ele tem um grande papel na
história, porque é ele que acolhe Wulfgar depois da tentativa de invasão dos
bárbaros a Ten-Towns e também é ele que forja o grande martelo de guerra deste
guerreiro, um martelo mágico forjado em situações especiais. Regis é apenas um
halfling especial, com uma pedra especial que consegue controlar as pessoas,
levando-as a aceitar as suas opiniões.
O livro é fácil de
se seguir, as perspetivas mudam, às vezes dentro do próprio capítulo, e é uma
história básica de fantasia: um objeto poderoso que quer conquistar o mundo e
um grupo de heróis que faz de tudo para o tentar salvar. Apesar da fórmula ser
normal, gostei bastante do livro. Nunca tinha lido nada com elfos negros e
achei este bastante decente e simpático (eu sei que não são todos assim). No entanto,
a minha personagem preferida é Wulfgar. Não tem uma grande personalidade, mas
apesar de ter crescido no meio de anões e longe da sua gente ainda lhes é leal,
tal como é leal às pessoas de Ten-Towns. Ele quer the best of both worlds, e faz
de tudo para o conseguir.
Acho que esta
crítica ficou um bocado estranha, mas o essencial é que o livro é bom, temos é
mesmo de gostar de fantasia.
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