sábado, 26 de julho de 2014

Opinião 32: A Fúria dos Reis - George R.R. Martin

GoodReads
Saga: As Crónicas de Gelo e Fogo #3
Editora: Saída de Emergência
Nº de Páginas: 429

Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate. No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!

4.5*

Depois do final emocionante d'A Muralha de Gelo, Westeros entrou em guerra. As grandes Casas tentam chegar ao Trono de Ferro e para isso é necessário a força. Como consequência, existem 4 reis nos Sete Reinos, todos a tentar recrutar o maior número vassalos possível.

Neste livro, ao contrário dos últimos dois, a guerra não se faz nas sombras, mas nos campos de batalha. Os senhores tentam proteger as suas terras e conquistar outras, virando-se uns contra os outros. O Verão está a acabar e toda a gente o sabe. 

Não podendo revelar muito da história, o que torna esta opinião extremamente difícil de escrever, uma das coisas que mais gosto nestes livros é o estilo de corte, com os agentes duplos, as traições e os jogos psicológicos. Não se pode confiar em ninguém, já que muitos trabalham apenas para si, ajudando tanto um lado da guerra como o outro.

Tal como nos livros anteriores, os capítulos estão divididos por personagens, tendo cada um o seu POV (Point of View), sendo os meus preferidos os do Tyrion e os da Daenerys. Tive pena que a Khalessi tivesse tão pouco tempo de antena neste livro, mas é preciso relembrar que está é só a primeira parte do livro original. O Tyrion é talvez das personagens mais inteligentes deste mundo, sendo capaz de manipular as pessoas de tal forma brilhante que nem nós, os leitores, nos apercebemos do que ele está a fazer. Outras personagens também me deram algum prazer ler foram a Sansa e o Jon. Ver a Sansa a crescer e a deixar as suas futilidades para trás devido aos maus tratos é talvez das cenas mais complicadas de ler, já que Joffrey faz tudo para a ver humilhada. A parte de Jon mostra-nos uma parte de Westeros que se mantém indiferente à guerra e que tem os seus próprios problemas para resolver. Estou bastante intrigada com a "mulher vermelha" e com a sua religião, espero que seja mais desenvolvida nos próximos livros. Também gostava de ter aprendido mais sobre Renly, que me parece aquele tipo de pessoa leva tudo na vida com leveza e que tem uma visão optimista das coisas, apesar da sua gravidade.

Tal como aconteceu anteriormente, reparei algumas mudanças em relação à série, mas não muitas e não fazem mudanças drásticas à história.

A escrita de Martin continua irrepreensível, sendo esta crua e fluída. Não há espaço para palavras floreadas e cada personagem tem um discurso correspondente à sua classe social, o que leva a que haja algumas asneiras pelo caminho (só para avisar os mais sensíveis).

Esta continua a ser, sem dúvida uma série a seguir. Já cá está em casa O Despertar da Magia, que espero ler nos próximos meses.

Outras opiniões sobre George R.R. Martin:

terça-feira, 22 de julho de 2014

Música do dia (27)


Budapest, de George Ezra

Top Ten Characters I Would Want With Me On A Deserted Island


O tema desta semana é um bastante complicado, já que eu nunca sei que personagens é que vou adicionar e acabam todas por ser mais ou menos dos mesmo livros e TODOS esses livros tiveram adaptações para filmes ou séries. Talk about mainstream...

Katniss Everdeen: pelas suas habilidade de sobrevivência, óbvio!

Jon Snow: porque é capaz de se adaptar às circustâncias e se houvesse Widlings ou White Walkers (não sei se a ilha é nas Caraíbas ou perto da Gronelândia!) ia dar jeito.

Rebecca Bloomwood: não ia dar jeito para quase nada, mas ao menos iria manter os espíritos elevados.

Hermione Granger: com a sua inteligência iria, de certeza, arranjar uma maneira de nos tirar de lá.

Eragon: porque é SÓ uma das minhas personagens preferidas!

Arya: assim tinha uma desculpa para a ver com o Eragon ehehe... e porque eles têm umas survival skills fantásticas.

Four: a vida numa ilha deserta deve ser um bocado chatinha, era necessário alguma coisa para que pudesse olhar.
(muitas horas depois...)

Daenerys Targaryen: como é que eu me ia esquecendo da minha querida Mãe dos Dragões? Quem me dera que os capítulos dela fossem maiores!

Éomer: a mesma razão que o Four... não, não SURVIVAL SKILLS!

Annabeth Chase: gostava mesmo de a conhecer!

Como isto foi dificíl, meu Deus!

Rubrica criada pelo blog The Broke and The Bookish




segunda-feira, 21 de julho de 2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Opinião #31: A Muralha de Gelo, de George R.R. Martin

(clica na imagem para saber mais)
Saga: As Crónicas de Gelo e Fogo #2
Editora: Saída de Emergência
Nº de Páginas: 397

Sinopse: Eddard Stark só aceitou o prestigiado cargo de Mão do Rei para proteger o rei... ou não suspeitasse que o anterior detentor desse título fora mandado assassinar pela rainha. Mas agora Eddard tem a certeza que foi ela. E também sabe a razão: a rainha tem um segredo escabroso que pode levar à queda da dinastia e mesmo à guerra civil!

E como se a conspiração palaciana não bastasse, tudo piora quando o rei Robert Baratheon é ferido mortalmente por um animal numa caçada. Mas a Mão do Rei já desconfia de tudo: terá sido mesmo um animal... ou o trabalho de mais um assassino da rainha? Um homem honrado e justo, Eddard Stark começa a temer ser derrotado pelo ninho de víboras que é a Corte e a Casa Lannister.

Mas a ameaça de guerra civil não é a pior sombra que paira no ar. No norte, para lá da muralha de gelo, uma força misteriosa manifesta-se de maneira sobrenatural. E ainda mais longe, a última herdeira dos Targaryen prepara-se para invadir os Sete Reinos com o maior exército alguma vez visto... e com o auxílio de dragões!

Classificação: 4/5 - Gostei muito

Opinião: Depois de ter acabado a leitura d'A Guerra dos Tronos, tive logo de começar a ler este segundo livro, já que, no original, estes fazem parte de apenas um livros (em Portugal dividimos cada livro em dois).

A história começa precisamente onde a outra acaba (obviamente) e a partir do início são só revoltas e viravoltas na história, o que acredito que irá acontecer em todos os livros desta saga. Entre Porto Real, a Muralha, Ninho de Águia e os Dothraki vemos o desenrolar de uma nova era em Westeros, o fim de um Verão longo e proveitoso e o início de um Inverno que promete ser um dos piores que esta terra já viu.

Como já deu para perceber pelo livro anterior, a sociedade de Westeros é baseada numa sociedade medieval "normal", havendo um Rei e depois Casas grandes e pequenas, tendo cada uma as suas pretenções e as suas vassalagens. Como era de esperar, a narrativa do livro centrasse principalmente na Casa Stark, a casa que governa o Norte e cujo Senhor, Lord Eddard Stark, é o melhor amigo do Rei, e que tinha sido escolhido para ser o braço direito deste no livro anterior. 

Já que não posso contar muito da história (NO SPOILERS!), apenas digo que nada é o que parece neste reino cheio de intriga e traição, em que nunca sabemos em quem podemos confiar, pois o inimigo tem muitos espiões e às vezes o que parece uma coisa é outra completamente diferente.

Os capítulos são narrados por uma personagem diferente, o que é um dos pontos fortes desta leitura, já que nos ajuda a perceber o que acontece na mente dos dois lados desta guerra que se está a formar. Também as personagens são deliciosas e muito bem construídas. A Daenerys é, para mim, aquela que  mais vai mudar ao longo dos livros e que me deixa mais curiosa quanto ao seu percurso. O mesmo acontece com Jon Snow, o bastardo do Norte que, quase de certeza, vai mostrar que é mais do que aquilo que aparenta. Mas, sem sombra de dúvida, a minha personagem preferida é o Tyrion. Mordaz e inteligente, é capaz de mostrar a todos que, apesar de ser anão, continua a ser filho de uma das maiores casas de Westeros, os Lannister. Arya, Sansa, Catelyn, Cersei, Mindinho, Varys, Khal Drogo e Sam são mais algumas das personagens que me chamam a atenção, mas é, obviamente, impossível nomear todas.

O final do livro é surpreendente e só nos apetece ir a correr ler o próximo livro, A Fúria dos Reis.

Antes de terminar, tenho que fazer a obrigatória comparação com a séries. Já vi todas as temporadas da série, tenho a dizer que as coisas nos livros não são sempre iguais, o que ajuda imenso à surpresa do leitor. E saber que o George R.R. Martin aprovou essas mudanças ainda é melhor!

Opiniões do mesmo autor:
A Guerra dos Tronos
As Crónicas de Gelo e Fogo #1
(Opinião)


domingo, 6 de julho de 2014

Opinião #30: The Darkest Pleasure, de Gena Showalter

Saga: Lords of the Underworld #3
Editora: Kindle Edition
Nº de Páginas: 384

Sinopse: He can bear any pain but the thought of losing her...
Reyes is a man possessed. Bound by the demon of pain, he is forbidden to know pleasure. Yet he craves a mortal woman, Danika Ford, more than breath and will do anything to claim her—even defy the gods.
Danika is on the run. For months she's eluded the Lords of the Underworld, immortal warriors who won't rest until she and her family have been destroyed. But her dreams are haunted by Reyes, the warrior whose searing touch she can't forget. Yet a future together could mean death to all they both hold dear...



Classificação: 2.5/5 - Gostei

Opinião: Este é o terceiro livro da série Lords of the Underworld de Gena Showalter e, tenho que admitir, o livro que me demorou mais tempo a começar a ler. Eu adorei os dois primeiros livros (The Darkest Night e The Darkest Kiss), mas quando descobri que este livro ia ser sobre o Reyes e a Danika adiei a leitura o mais possível. Vou passar a explicar: eu ODEIO (odiava?) a Danika. Logo no primeiro livro temos algumas cenas com ela e com a família e, depois de certas coisas acontecerem (não vou fazer spoiler, não é?), ela decide ter aulas de defesa pessoal e de artes marciais. Okay, até aqui tudo bem, depois de uma experiência traumática é normal que ela se queira defender, mas ao ponto de pensar que consegue lutar ou até matar guerreiros imortais com umas semanas de aulas no centro comunitário vai um grande passo! Eu gosto bastante de heroínas corajosas que não se escondem atrás de ninguém, mas também gosto de heroínas inteligentes, não parvas como a Danika. Pronto, isto foi o que eu senti durante 70% da leitura, ou seja, quase toda. Não parava de revirar os olhos e de dizer asneiras para o meu Kindle (que deve estar traumatizado). A única coisa que me fez não desistir foi o Reyes.

O Reyes é um guerreiro possuído pelo demónio da dor, ou seja, a única forma de conseguir estar "em paz" é se estiver a experienciar algum tipo de dor. Apesar disto, é uma das personagens que eu mais gosto. Tem tudo o que é preciso para ser o herói dos nossos sonhos (sem contar o seu demónio...) e por isso eu detestava vê-lo interagir com a Danika no início, porque ela acabava por ser um bocado egoísta, só pensado nela e na sua família, danos colaterais não existem! Mas, como já disse, a partir do momento em que as peças do puzzle se começaram a encaixar, comecei a tolerar a relação deles, ficando até ansiosa por vê-los nos próximos livros, como acontece com todos os casais dos livros anteriores.

Quanto à história, não há muito que eu possa contar sem fazer spoilers, já que há uma história contínua em todos os livros da séries. Descobrimos alguns avanços na descoberta da Caixa de Pandora, e aquela revelação com a Danika (quando eu a comecei a tolerar) foi uma bela surpresa, mostrando que, apesar de ser um livro chamado "leve" não deixa de estar bem escrito. Também descobrimos quem está por detrás dos Hunters (uhuh) e vimos mais dos Titãs! 

A troca de POV nos capítulos ajuda imenso a perceber o que está a acontecer na cabeça de alguns guerreiros e conseguimos perceber que a autora quer começar a preparar os leitores para a história de amor (ou não) de Paris. Também Sabin entrou em destaque neste livro, por isso não fiquei surpreendida quando vi que o próximo livro seria centrado nele.

Bom, parece-me que já disse tudo o que tinha a dizer sobre este livro. Leiam está série se gostam de romance paranormal, demónios e deuses gregos. Tem uma história que nos mantém agarrados e um bom leque de personagem. Mal posso esperar para começar a ler o próximo!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Opinião #29: Dark Lover, de J. R. Ward

(clica na imagem para saber mais)
Saga: Black Dagger Brotherhood #1
Editora: Kindle Edition
Nº de Páginas: 393
Sinopse: In the shadows of the night in Caldwell, New York, there's a deadly turf war going on between vampires and their slayers. There exists a secret band of brothers like no other-six vampire warriors, defenders of their race. Yet none of them relishes killing more than Wrath, the leader of The Black Dagger Brotherhood.

The only purebred vampire left on earth, Wrath has a score to settle with the slayers who murdered his parents centuries ago. But, when one of his most trusted fighters is killed-leaving his half-breed daughter unaware of his existence or her fate-Wrath must usher her into the world of the undead-a world of sensuality beyond her wildest dreams.



Classificação: 4/5 - Gostei muito



Opinião: Já tinha ouvido falar deste livro tantas vezes que estou espantada por não o ter lido na minha "fase vampira" (a.k.a "fase Edward Cullen), mas a verdade é que ainda bem que não o fiz.

Dark Lover é o primeiro livro da Black Dagger Brotherhood, que já conta com 12 livros editados e mais um a ser lançado em 2015. Basicamento, o livro tem como base uma Irmandade (duhh) de guerreiros vampiros que juraram proteger a raça da extinção contra os lessers, humanos sem alma treinados para os destruir.

Neste livro seguimos Wrath, o suposto Rei desta raça (eu digo "suposto" porque ele não quer o lugar no trono, apenas quer o seu ligar como guerreiro e líder da Irmandade), que, a pedido de Darius, protege a filha deste, Beth, até ela passar pela sua transição. Beth leva uma vida normal, mais na base do aborrecido, e pensa que está a começar a ficar com depressão, porque, apesar de ser linda e de ter alguns pretendentes, nenhum deles a fascina (tal como nenhum homem em geral, já agora), e a sua carreira como jornalista está estagnada. Como é óbvio, tudo muda quando Wrath entra na sua vida.

Gostei bastante de Wrath, é o típico macho possessivo que faz tudo pela mulher que ama e pela sua família, mesmo sendo bastante alheado do que acontece com os outros (pobre Melissa). Achei que era o típico herói (?) deste tipo de livros: bonito, rico, mau... mas um fofinho para a mulher que ama. Beth é uma heroina que eu adorei! Não sei porquê, ela é até bastante normal, mas mesmo quando os capítulos eram sobre ela eu gostava de os ler. Secalhar porque ela nunca foi perfeita. Já agora, essa é uma das coisas que eu gostei nas personagens de J.R. Ward, nenhuma dela é perfeita. Os irmãos de Wrath (os outros membros da Irmandade) vão-nos sendo apresentados e, como é óbvio, ficamos curiosos com o que acontecerá com cada um nos próximos livros, que, como já é hábito nestas séries, cada um tem o seu. Também gostei muito do Butch, o humano que aterra de páraquedas neste mundo subrenatural e, mesmo assim, consegue fazer o melhor da situação. Este livro tem duas boas personagens principais, mas as secundárias, quer sejam "heróis" ou "vilões", não ficam nada atrás.

A história não é complicada, mas notamos que a autora tinha como objetivo criar um mundo que pudesse desenvolver nos próximo livros, mostrando-nos termos específicos dos vampiros (tive de usar o glossário do livro diversas vezes) e deixando muitas pontas soltas (quem é o Omega? o que fará Mr. X? onde está Darius?). No entanto, a fórmula é a mesma de sempre: vampiro conhece rapariga - fazem sexo (muuuuito sexo) - tentam distanciar-se - descobrem que se amam - acontece alguma coisa que os separa - vampiro salva rapariga. Com o twist de também seguirmos a perspectiva do vilão, Mr. X. Perfeito para quem gosta de ler livros sabendo que vamos ter um final feliz (EU! EU!). No entanto, acho que a forma como Beth se ambientou a este novo mundo foi rápida de mais. A autora poderia ter adicionado uma cena em que ela tinha um ataque de histeria, por exemplo, para parecer mais real (era o que me aconteceria a mim).

A escrita é simples, algumas vezes erótica, e viciante. Cada capítulo é focado numa personagem diferente, não havendo uma ordem que eu me apercebesse. Eu até gostei disto, porque viamos as coisas de perspectivas diferentes, mas às vezes parecia que havia um corte na história.

Resumindo, mais uma séries para seguir (porque já tenho poucas) e que me agarrou desde este primeiro livro. Estou ansiosa pelo livro do Zsadist (ou só Z), mas o que se segue é o do Rhage (ou Hollywood).