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Saga: As Crónicas de Gelo e Fogo #3
Editora: Saída de Emergência
Nº de Páginas: 429
Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate. No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!
4.5*
Depois do final emocionante d'A Muralha de Gelo, Westeros entrou em guerra. As grandes Casas tentam chegar ao Trono de Ferro e para isso é necessário a força. Como consequência, existem 4 reis nos Sete Reinos, todos a tentar recrutar o maior número vassalos possível.
Neste livro, ao contrário dos últimos dois, a guerra não se faz nas sombras, mas nos campos de batalha. Os senhores tentam proteger as suas terras e conquistar outras, virando-se uns contra os outros. O Verão está a acabar e toda a gente o sabe.
Não podendo revelar muito da história, o que torna esta opinião extremamente difícil de escrever, uma das coisas que mais gosto nestes livros é o estilo de corte, com os agentes duplos, as traições e os jogos psicológicos. Não se pode confiar em ninguém, já que muitos trabalham apenas para si, ajudando tanto um lado da guerra como o outro.
Tal como nos livros anteriores, os capítulos estão divididos por personagens, tendo cada um o seu POV (Point of View), sendo os meus preferidos os do Tyrion e os da Daenerys. Tive pena que a Khalessi tivesse tão pouco tempo de antena neste livro, mas é preciso relembrar que está é só a primeira parte do livro original. O Tyrion é talvez das personagens mais inteligentes deste mundo, sendo capaz de manipular as pessoas de tal forma brilhante que nem nós, os leitores, nos apercebemos do que ele está a fazer. Outras personagens também me deram algum prazer ler foram a Sansa e o Jon. Ver a Sansa a crescer e a deixar as suas futilidades para trás devido aos maus tratos é talvez das cenas mais complicadas de ler, já que Joffrey faz tudo para a ver humilhada. A parte de Jon mostra-nos uma parte de Westeros que se mantém indiferente à guerra e que tem os seus próprios problemas para resolver. Estou bastante intrigada com a "mulher vermelha" e com a sua religião, espero que seja mais desenvolvida nos próximos livros. Também gostava de ter aprendido mais sobre Renly, que me parece aquele tipo de pessoa leva tudo na vida com leveza e que tem uma visão optimista das coisas, apesar da sua gravidade.
Tal como aconteceu anteriormente, reparei algumas mudanças em relação à série, mas não muitas e não fazem mudanças drásticas à história.
A escrita de Martin continua irrepreensível, sendo esta crua e fluída. Não há espaço para palavras floreadas e cada personagem tem um discurso correspondente à sua classe social, o que leva a que haja algumas asneiras pelo caminho (só para avisar os mais sensíveis).
Esta continua a ser, sem dúvida uma série a seguir. Já cá está em casa O Despertar da Magia, que espero ler nos próximos meses.
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